Aula prática 2 - Marcando Pontos e Trilhas
Aula 2 – Marcando Pontos de Passagem (waypoints) e Trilhas
Passo 1 – Ligue o GPS (passo 4 da aula anterior) em um local aberto. Pode ser numa praça ou parque onde não corra o risco de ser assaltado. Leve em conta que poderá estar distraído com o manuseio do GPS. Também pode ser num pátio, praia ou no campo. Ligue a recepção dos satélites (passo 6 da aula anterior, só que agora estará fazendo o inverso: Usar com GPS Ligado). Notará que ele pode demorar certo tempo para localizar todos os satélites. Aqueles pequenos gráficos de barras na parte inferior da tela, indicam a intensidade dos sinais, e é preciso que tenhamos pelo menos 4 (satélites) barrinhas coloridas cheias (não apenas o contorno) para que o gps consiga calcular a sua posição.
Passo 2 – Aperte o botão PAGE (ou o QUIT) até aparecer a Tela do Mapa (mostrada na figura acima, no lado inferior esquerdo). Os botões IN e OUT são os menores e os mais de cima, um de cada lado, servem para o zoom da tela, ou seja, fazer um aproximação a fim de poder ver mais detalhes do local, ou então afastar-se a fim de ter uma melhor visão de toda a região. Quando tiver com o GPS carregado com mapas de uma cidade, poderá ver que, a partir de determinada ampliação, iniciarão a aparecer as ruas com seus nomes. No caso contrário, poderá ver as estradas e cidades vizinhas. A função de carregar mapas deverá ser praticada numa aula futura, quando veremos o manejo do GPS ligado a um computador.
Passo 3 – entendendo os componentes da Tela do Mapa do GPS. Aquele pequeno triângulo preto indica a localização do nosso veículo, ou seja, do GPS em relação ao mapa (na figura acima mostra uma interrogação porque o GPS estava desligado dos satélites). Você poderá estar de avião, barco, carro, ônibus, táxi, moto, bicicleta, a cavalo ou a pé: poderá observar o deslocamento em relação ao solo ou região da terra. Na parte superior, encontrará um símbolo no formato de uma seta branca com um N dentro. Serve para indicar qual a direção do Norte Geográfico ou Norte Verdadeiro, localizado no Pólo Norte (Que difere do norte magnético que é para onde apontam as bússolas magnéticas (que atualmente fica no nordeste do Canadá, e que varia de posição a cada ano). O seu GPS poderá ser configurado para que a parte superior da tela fique sempre apontando para o norte, como acontece com os mapas impressos (Norte Cima) enquanto que o triângulo preto muda de posição apontando para a direção do nosso deslocamento , ou então, fazer com que o triângulo preto fique sempre apontando para a parte superior da tela (Trilha Cima), enquanto que o mapa se movimenta, quando fazemos uma curva para algum dos lados. Esta é a opção melhor, pois deixa o GPS mais rápido. Para alterar essa configuração, abra a Tela do Mapa e aperte o botão MENU. Escolha a opção Mapa de Definições e aperte a tecla ENTER. Use o botão de localização, pressionando-o lateralmente para a esquerda ou para a direita e observe os ícones existentes na parte superior dessa tela. Ao escolher o primeiro dos ícones (veja na parte superior da figura acima, no lado esquerdo), encontrará a opção Orientação. Aperte a tecla ENTER e escolha a opção P/Trajct.
Passo 4 – Saia a caminhar e observe que irá aparecendo um risco formado por uma série de pequenos pontinhos: é a trajetória (tracklog) ou Trilha, que irá registrando no GPS os locais por onde está passando. Dê uma volta grande ao redor, pode ser em torno da quadra, e notará como o mapa se move enquanto o triângulo preto continua apontando para cima, e como fica esse registro. Aperte as teclas de zoom IN e OUT e observe que estará se aproximando ou afastando, mudando a área de abrangência em relação ao mapa. Caso volte a repetir o mesmo trajeto em outros horários ou dias, ou mesmo usando o mesmo ou com GPS diferentes, notará que esse registro varia. Amplie com o botão IN e poderá notar mais de uma trilha. Deveriam coincidir caso tenha usado o mesmo percurso. Como estamos usando um GPS para uso civil, onde o erro de um ponto pode variar de 2 a 18 metros. Para fins rodoviários, isso não causa problemas, mas em medições de prédios e terrenos pequenos, isso pode significar muito. Para isso existem os GPS para fins topográficos, onde a precisão oscila entre milímetros e centímetros. Usando técnicas adequadas, poderemos aumentar essa acurácia.
Esse rastro ou trilha registrado no mapa do GPS equivale aos pedacinhos de pão usados na historia do Joãozinho e Maria, e que possibilita encontrarmos o caminho de volta com facilidade e ótima precisão: Basta transformar essa trilha numa rota e indicar em que direção iremos trafegar por ela. Para voltar pela mesma, é só pedir para inverte.
O GPS não precisa ficar ligado o tempo todo. Ao desligá-lo, as informações (tracks e waypoints) não serão perdidas. Ao ligá-lo novamente ele voltará a gravar o tracklog (se estiver setado para tracklog ON).
O que você precisa fazer é saber usar o limite de pontos do seu GPS. Ajuste-o para método AUTO e intervalo NORMAL, isso já vai economizar pontos sem perder o detalhamento do tracklog. Cuidado para não ultrapassar o limite de pontos. Se passar do limite, dependendo da configuração, ou ele pára de gravar ou começa a gravar sobre os dados mais antigos. Na tela TRAJECTOS (TRILHAS ou TRACKS) do seu gps deve ter uma barra que mostra quanto da memória já foi consumido. Você pode registrar os trajetos por trechos. E pode também registrar por rodovia, por tipo de estrada, etc... Ao pedir para o GPS salvar uma trilha, ele usa uma forma mais reduzida, que permite economizar memória. diminuindo alguns detalhes.
Passo 5 – Marcando um Ponto de Passagem ou um Ponto de Interesse (POI): Chegando em frente a algum local, que pode ser um banco, restaurante, hospital, ponto turístico, bifurcação ou posto de gasolina e que deseja que ele fique marcado no seu GPS, basta apertar o botão MARK e abrirá uma tela denominada Marcar Ponto. Na parte superior da mesma notará um ícone e um nome, geralmente constituído por um número de 3 dígitos. A cada ponto marcado, esse número irá aumentando seqüencialmente. Caso já exista no mapa algum ponto com esse número, ele salteará para o próximo que estiver livre. Mais abaixo, nessa mesma tela, temos o campo Nota que é usado para escrever comentários. O GPS geralmente coloca ali a data e hora atual, mas podemos dar um ENTER nesse local e escrever algo usando o teclado virtual do GPS. Na parte inferior da tela temos o botão OK. Basta selecioná-lo e apertar o botão ENTER para completar a marcação desse ponto.
Passo 6 – Anotando a identificação dos pontos e observações. O mais comum é usar-se uma caderneta ou um papel numa prancheta e anotar o que esse número significa, como por exemplo “Posto Texaco” e, quando estiver em casa, de retorno da viagem, salvar o conteúdo do GPS para depois alterar os nomes e comentários de forma mais rápida e fácil com o uso do teclado do computador. Essa edição dos pontos, bem como a marcação e desenho de estradas e ruas que não estavam no mapa, pode tomar certo tempo. Depois de tudo corrigido, poderemos atualizar nosso GPS com essas alterações, antes de fazermos uma nova viagem a esse local. Para viagens à noite, ou quando estamos dirigindo, fica mais fácil usar um gravador de voz para fazer essas anotações e comentários. Na figura acima mostro uma lanterna de led's que pode ser colocada na caeça, de forma a deixar nossas mão livres. Geralmente usam 3 pilhas palito (AAA) e, com apenas 1 dos leds acesos, pode durar até 200 horas.
Passo 7 - Para salvar o conteúdo do GPS poderemos usar um computador onde instalamos o programa MapSource, da Garmin. Alguns modelos de GPS da Garmin já acompanham um Cd com o "Trip & Waypoint Manager", que permite instalar uma cópia do MapSource, e que pode ser atualizada gratuitamente para uma versão atualizada em português. Ele permite não só salvar os dados existentes no seu GPS, bem como carregar nele dados de viagens anteriores bem como Mapas de Fundo. O MapSource® será instalado em C:\Garmin. Faça download da atualização (alguns sites ainda trazem a versão em Português - MapSource 6.1.15 ou a nova versão (em inglês) em http://www.garmin.com/ clicar em Support > Updates & Downloads > Mapping Programs > clicar no produto MapSource > Download > Salvar > escolha o local para gravar o executável MapSource_6134.exe. Execute-o para atualizar o programa MapSource.exe que veio com o seu Cd. Poderá encontrar esse arquivo indo direto a http://www.garmin.com/support/mappingsw.jsp, onde também está o programa nRoute, gratuito, que permite usar o GPS ligado num computador portátil, durante uma viagem. Um outro programa que permite salvar os dados do seu GPS é o TrackMaker do grupo Tracksource. Tem uma versão gratuita e uma profissional, com mais recursos, e que custa ao redor de r$169,00. Os mapas dos estados e municípios brasileiros podem ser obtidos gratuitamente no site do grupo Tracksource http://www.tracksource.org.br, onde basta abrir o menu Download e escolher quais executáveis baixar. Ele não envia mapas de fundo para o GPS. Para tal pode-se usar o programa Sendmap, que é gratuito.
Passo 8 – Limpando os conteúdos do GPS. Muitas vezes iremos fazer uma viagem longa, e precisaremos garantir que não esgotaremos a capacidade de armazenamento do nosso GPS. É importante que tenhamos salvo o seu conteúdo numa pasta do computador, usando um nome que facilite sua identificação. Isso facilitará recarregar esses dados numa outra ocasião. Para fazer essa limpeza, abra a página do Computador de Viagem e aperte a tecla MENU e escolha a opção Redefinindo... apertando o botão ENTER. Temos uma tela com 7 opções, onde as 4 primeiras já estarão marcadas. Use o botão ENTER para marcar ou desmarcar cada uma. Ao marcar todas e depois escolher a opção Aplicar e usar o ENTER, estará limpando toda a memória do GPS, com exceção dos Mapas.
Passo 9 – Quando o GPS estiver desligado do cabo USB, estará gastando as suas pilhas. Veja, no canto superior esquerdo da sua tela, uma indicação do nível de carga. Um desenho de uma pequena pilha cheia de barrinhas verticais indica que elas estão com carga completa. À medida que formos gastando-as, as barrinhas irão desaparecendo, ficando apenas o contorno. Caso tenhamos que trocar as pilhas no meio de uma viagem, o GPS não perderá os seus dados. Isso poderá ser feito inclusive enquanto ele está ligado no computador ou no carregador veicular. Na hora em que desconectamos o cabo USB com o GPS ligado, soará um alarme e aparecerá uma tela com uma mensagem indicando a falha no suprimento externo de energia. Basta apertar o botão ENTER para que tudo volte ao normal.
Passo 10 – Os modelos portáteis (handheld) da Garmin que possuem uma letrinha “x” no nome, indicam que ele possui um cartão de memória microSD externo (aka TransFlash - MicroSD Memory Card - o mesmo usado em telefones celulares Motorola). O GPS vem de fábrica com 64 KB, mas pode ser trocado por um maior, de até 2 GB, o que aumenta a capacidade de armazenamento (Mapas e imagens, principalmente). Fica no compartimento das pilhas, em um encaixe apropriado, sob as mesmas.
Apenas no caso de querer ver o arquivo onde estão armazenados os dados, nesse cartão, faça o seguinte procedimento, que não está documentado no manual: Ligue o seu GPS e conecte-o ao computador, usando o cabo USB. Aperte duas vezes ao botão MENU para abrir o Menu Principal. Escolha o ícone Definições (Setup) e aperte o botão ENTER. Escolha Interface, e aperte o ENTER. Use o botão de seleção e escolha a opção USB Mass Storage e aperte o ENTER. Para o Windows Explorer e, na pasta Meu Computador (My Computer), procure pelo dispositivo 60Cx_Card e nele encontrará uma pasta com o nome \Garmin. Ela contém o arquivo gmapsupp.img com 649 KB (Esse tamanho depende da capacidade de memória do seu cartão e de quanto está armazenado nele). Em caso de necessidade, poderemos clicar com o botão direito do mouse e escolher a opção Formatar. Aperte uma vez o botão Desligar, do seu GPS para desfazer essa conexão, sem a necessidade de apagá-lo.
Recomendo que treine por diversas vezes a opção usar GPS Ligado ou Desligado, pois numa viagem, quando parar e entrar em algum prédio, ele ficará tentando localizar os satélites. No computador de viagem, teremos o registro do tempo de viagem, tempo parado e as velocidades nédia e máxima. O odômetro registrará quantos quilômetros já percorremos.
Esta forma é a mais simples, ou seja, sair andando ou viajando e ir marcando os pontos que interessar. Pode ser usada quando estamos viajando por locais muito conhecidos. Existe uma outra que é escolher um local onde queremos chegar (destino) ou marcar uma rota, para que o GPS nos oriente no caminho a seguir.
Estou na fase final de atualização do meu livro "Aprendendo a usar o gps" com aproximadamente 400 páginas no formato 21 x 14 cm, com muitas imagens coloridas.
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