Os tempos mudaram
Com a válvula, o transistor, o Led e os integrados digitais, necessitaram muito menos tempo para ocorrerem. Depois vieram os computadores e o telefone celular. O mundo foi se acelerando até presenciarmos que certas descobertas ficam obsoletas antes mesmo de serem lançadas no mercado. Não dá tempo de traduzir os manuais, o que obriga aos profissionais de eletrônica, engenharia e medicina ou outras áreas técnicas, a aprender o inglês. Há muito tempo que o grande volume de informações recentes obtidas na internet não permite que façamos cópias impressas, e o papel é substituido pelos textos nas telas dos computadores.
Quanta mudança já presenciei: desde a régua de cálculo até as calculadoras digitais e os poderosos notebooks com impressoras a laser e plotters coloridos e as centrais de armazenamento com os discos de mais de 2 Terabytes. Os correios e a imprensa escrita recebem o impacto da internet, onde milhões de computadores estão ligados numa rede e que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana ou seja, o ano inteiro, dia e noite sem parar.
Na área da engenharia e da topografia, eu comecei com as mesas de desenho, desde as plantas feitas com lapiseiras a grafite em papéis milimetrados, e os desenhos a nankin feitos em poliéster, até chegar aos modernos plotters coloridos. Foram muitos anos de trabalho e estudos.
Para rematar, os GPS (GNSS) nos possibilitam ver e medir a nossa posição e registrar nosso deslocamento sobre a superfície terrestre, e permitem precisões milimétricas. Com eles e mais o recurso das imagens dos satélites, a agrimensura e a topografia atingem uma enorme precisão.
No ano passado, o Iedo Érico (meu colega do curso de Geomensura do CEFET/SC), comentava que um novato havia dito que ele não deveria estar ali e que aquele curso não era para gente da nossa idade... Eram mais de 30 inscritos e apenas 8 conseguiram se formar na primeira turma (e entre eles estava eu). O Iedo Érico também conseguiu o seu tão sonhado registro no CREA. Estávamos na idade da aposentadoria e mesmo assim abarcamos mais um curso entre os jovens daquela moderna e bem conceituada escola, e com ele ampliamos nossa profissão.
Desde que li os comentários dos engenheiros escritores James Wedding e Dana Probert, que dizem ser o AutoCAD uma coisa do passado, me entusiasmei a estudar e usar o AutoCAD Civil 3D.
Lá estava eu nesta madrugada, a estudar o livro deles sobre C3D, a nova ferramenta dos engenheiros. Sim, era mais uma ferramenta e mais um desafio.
Sim, ainda sou daqueles que viram o telefone de manivela, os primeiros radinhos a pilha e a TV valvulada em branco e preto. Também acompanhei o começo dos computadores pessoais e aprendi a programá-los em Assembler, Basic e depois em C e Visual Basic. Sou um autodidata que também lê e fala em espanhol e inglês, e o estudar coisas novas não me assusta.
Ao olhar sobre a mesa notei o livro da Marta F Sousa Costa com o título – Fazer o que?
Um título que nos convida avaliar o caminho já percorrido e a pensar no rumo que pretendemos seguir. Encontrei muitos professores novos, que só aprenderam em livros, onde falta experiência mas possuem um diploma de mestrado (tenho pena dos seus alunos). Também tive aulas com professores antigos, que estão nos primeiros passos do computador. É como disse o governador de Santa Catarina: quem não souber inglês ou informática é analfabeto e está despreparado para o mundo atual.
Basta olhar o painel do meu carro, com computador de bordo e controles de multimídia na direção, ou então para o controle remoto da TV LCD com HD interno e o Time Machine. Parecem coisas complicadas mas atestam que o futuro já começou, e onde as crianças aprendem tudo com muita facilidade. Este vovô aqui está preparado para ajudá-los, mas sabe que estudar faz parte da vida atual ou do contrário viraremos peça de museu ou pior, uma coisa pouco útil.
Não importa o que: escolha um assunto que goste e comece a estudar. Idade não é a principal barreira, desde que o faça por gostar. Comece pelo início pois alguns conhecimentos básicos são muito importantes para que deseja ir mais longe.
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